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Não me leve a sério, não me leve a mal.

24 de agosto de 2010

Hoje eu pensei a respeito da vulnerabilidade das pessoas, mais especificamente das pessoas que namoram (e estão apaixonadas). É um ritual masoquista, quase, e a troca mútua de presentes que mais tarde serão souvenirs de uma relação morta comprova minha tese. Talvez seja só conversa fiada de pessoas pessimistas, talvez a voz da sabedoria.
É irracional gostar de alguém mais do que se gosta de você mesmo. Essa estranha patologia é cruel e impiedosa . Eu sofro com o fardo de não saber como será meu futuro, e olhe que eu só queria saber os próximos 15 minutos. Como alguém pode ter o direito de te arrancar sorrisos e lágrimas ao mesmo tempo? Como alguém pode se dignificar como dono da alegria e tristeza alheia? Entregar a vida a alguém que não seja você mesmo só pode ser algum tipo de pecado que os nossos ancestrais Adão e Eva nos deixaram de presente.
Saber que será sempre assim me incomoda, portanto, amarrei meu burrinho em uma sombra, que graças ao meu bom Deus, ainda não sumiu. Sinto falta de controlar-me, às vezes, mas quando o amor me controla é tão bom não saber quem eu sou. Prefiro lembrar-me desse enquanto, o que estive com ele. Não sei se aguentaria só o fardo, mais pesado ainda, de ser sã nesse mundo de doentes. O amor serve para isso, eu acho, para melhorar, para nos aprimoramos em nossas melhores características. Acho que seja para isso mesmo.
Então retiro o que eu disse: quero permanecer doente, pois, no fim das contas, é muito triste ser saudável, porém solitário.
Não importa como, nem por que, o importante é com quem. No escuro você só sente, não vê. Já que é assim mesmo, morrendo de amor, então eu suponho ser mais viável entregar-se de uma vez e aproveitar enquanto presentes são presentes e não souvernis.
Te amo.